quinta-feira, março 05, 2009

Gostar de ti é um poema que não digo...

A poesia de Manuel Alegre casa com a música de José Nisa, sob o melodioso altar das palavras mais portuguesas que escutamos da boca do Carlos do Carmo... Uma Flor de Verde Pinho (Portugal - 1976)



Eu podia chamar-te pátria minha,
dar-te o mais lindo nome português,
podia dar-te um nome de rainha,
que este amor é de Pedro por Inês...

Mas não há forma, não há verso, não há leito
para este fogo amor para este rio.
Como dizer um coração fora do peito?
Meu amor transbordou. E eu sem navio.

Gostar de ti é um poema que não digo,
que não há taça amor para este vinho,
não há guitarras, nem cantar de amigo
não há flor, não há flor de verde pinho.


Não há barco, nem trigo, não há trevo,
não há palavras para dizer esta canção.
Gostar de ti é um poema que não escrevo.
Que há um rio sem leito. E eu sem coração.


Mas não há forma, não há verso, não há leito
para este fogo amor para este rio.
Como dizer um coração fora do peito?
Meu amor transbordou. E eu sem navio.

Gostar de ti é um poema que não digo,
que não há taça amor para este vinho
não há guitarras, nem cantar de amigo
não há flor, não há flor de verde pinho.

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